quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Acabei de ler esse comentário que um anônimo postou num blog que disponibilizou a demo da Chants of Maledicta para baixar. 
Olha, eu leio tanta coisa raivosa sobre o COM por aí que decidi fazer um comentário:
Quem acabou com a banda foi a Elaine ao ir pra Noruega, o que eu sei é que ela se apaixonou por um cara e se mudou sem nem dizer tchau pro Alexandre. Mais de um ano depois ela quis que ele se mudasse, eu também teria mil receios do que poderia acontecer.
Outra coisa é que o Alexandre compos quase todas as letras da banda (acho que a exceção é a ultima musica da demo) e colaborou em várias musicas, salve engano Industrial Revolution, por exemplo, ele compos todinha. Essa história de que ele é musico convidado é total despeito. Lembro da propria Elaine falando que o nome da banda veio do Alexandre... aliás, se ele era musico convidado e nada importante no desenvolvimento da banda, acabar com o COM por causa dele é prova de incompetência.

Enfim, leiam a entrevista neste link:
Uma parte bastante elucidativa é:
http://www.carcasse.com/sepia/chants.htm

"Agora que você está longe do Brasil, como fica a parte produtiva entre você e o Alexandre?
Muito diferente. Antes ensaiávamos juntos em casa, eu mostrava para o Alexandre algo que eu fiz, aí ele dava uma idéia da linha do vocal. Às vezes a música saía inteira espontaneamente. Tipo "Mournfulness": eu fiz a base, aí depois desenvolvemos a idéia, ele fez a letra, eu fiz o refrão. Alexandre é extremamente criativo, foi ele que surgiu com o riff de "Industrial Revolution", aí depois eu fiz o arranjo total. Já em "Spirit Dance", apareci com o instrumental todo pronto, ele colocou as letras, eu fiz os refrões. "Love Lies Bleeding" fiz toda. Ele gostou da linha do vocal e da letra que fiz, tivemos a idéia da guitarrinha distorcida no final. Hoje em dia temos as outras músicas que não gravamos no estúdio, mas que estão prontas, só faltam algumas letras. O bom de fazermos as coisas antes sozinhos e depois mostrarmos um para outro, dá mais liberdade de criação, apesar de que, ao invés da diversão que tínhamos anteriormente, hoje existe mais tristeza da distância e vontade de exorcizar os fantasmas escondidos no armário."
------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
 
Eis minha resposta:
Gostaria de agradecer de coração a todos os blogs que distribuem meu som, fiquei muito feliz em descobrir que existem pessoas que ainda ouvem e procuram saber sobre a minha música. Sobre esse comentário anônimo, fico chocada, já dei minha versão dos fatos. É a versão dessa pessoa contra a minha. Eu visitei o site com o upload da demo justamente pois queria sondar se seria legal, quais minhas chances, pois estava pensando em tentar voltar a lançar algo depois que a poeira baixou. Já passaram-se tantos anos mas mesmo assim continua essa briga. Só posso dizer que uma das razões que não volto a tocar e lançar as musicas que fiz depois que fui para a Noruega antes de eu ter ficado doente, é justamente por causa desse tipo de recepção. Tem gente superlegal que ainda me pede pra voltar e lembra de mim, mas ai leio um comentário desse e fico extremamente triste pois acho que nem eu nem o vocalista merecemos isso!
 
 Essa entrevista do Carcasse é antiga, O instrumental de todas as musicas eu quem fiz e toquei tudo sozinha, Industrial revolution o vocalistae teve a idea de fazer aquele vocal, eu nao poderia negar que ele tinha boas ideas para os vocais, ou ele as vezes me dizia pra EU criar uma parte mais lenta ou
mais rápida na melodia, uma batida específica, um som, mas ele nunca tocou nada, NUNCA, eu que tinha que interpretar algumas ideias que ele queria para se adequar aos vocais quando a gente ensaiava, foi isso que tentei explicar do meu jeito na entrevista. E eu não queria fazer feio para um fanzine de Sao Paulo, eu sabendo do preconceito que as pessoas tinham contra os baianos naquela época, as coisas só mudaram quando eu fui para o exterior. Ficaria feio eu chegar dizer que eu fazia tudo e ele só dava uma ideia de um vocal, algo que deveria ser o trabalho do vocalista já que era uma dupla. Ele era um membro do meu projeto, era meu amigo, por favor entendam isso, se ele não fosse querido eu não teria ficado tão magoada com tudo que aconteceu! Quem tem banda sabe como é compor e tentar modificar um ritmo ou melodia de uma canção para que saia perfeito, não quer dizer que o vocalista compunha, ele não sabia tocar nenhum teclado, ele mentia o tempo todo até que enviava demos para gravadoras sem nunca ter mandado. No final das contas era eu que ficava até de madrugada tocando em casa, desenvolvendo as músicas até ficar perfeito.
 
A parte das letras que o Alexandre ajudou, já não pertencem mais a ele por causa dos direitos autorais que detenho na Noruega e no Brasil, assim como o instrumental. Sem falar que sou cidadã norueguesa, as leis são diferentes, o Brasil está fora mapa e ele não vai poder reclamar sobre essas letras, a não ser que queira pagar um advogado norueguês para entrar na justiça, o que vai custar muito caro e sinceramente não vai valer a pena já que nunca ganhei dinheiro com a banda, muito menos ele. Não estamos falamos dos Rolling Stones, era um projeto de electro-goth, hoje o público não é mainstream e em 1997 era mil vezes pior! Love Lies Bleeding por exemplo ele nem a linha do vocal ajudou, eu cheguei com a música pronta e ainda disse como queria o vocal, ele só teve que tentar cantar. Quem me conheceu tocando em outras bandas como a Malefactor (banda de músicos sérios que me respeitaram de verdade) sabem que eu sempre fui profissional, sempre compus tudo sozinha, ensaiava, ia para casa e melhorava os arranjos, divulgava numa epoca sem ajuda da internet e me mudei sim para ter um futuro melhor, tive a sorte que conseguir a gravadora Spinefarm que era algo impensado naquela epoca. Já expliquei minha versão, não vou repetir tudo de novo.
 
Essa entrevista do Carcasse é da época que eu achava que o Alexandre era um cara decente e era meu AMIGO, eu não queria sair dizendo que ele quase nem me ajudava com nada, eu tinha vergonha de dizer para os outros que eu carregava o projeto nas costas pois eu gostava dos vocais dele, eu achava que valia a pena me sacrificar pois Salvador naquela época não tinha  nenhum outro vocalista interessado e eu não queria perdê-lo. Se você mora num lugar que não tem som alternativo sabe a dificuldade de achar as pessoas certas para tocar contigo. O fato dele não querer ir para Noruega na época eu fiquei arrasada mas ao mesmo tempo eu entendi os motivos dele na época, tanto que tentei achar outro vocalista lá, só que não era a mesma coisa, faltava a química, quem é músico e tem banda sabe como isso é e vai entender meu lado. E eu fiquei doente! então deu na mesma, se ele tivesse ido, a única coisa positiva é que poderiamos ter gravado o disco, mas provavelmente logo depois eu teria que ter sido hospitalizada e iria parar de tocar. Talvez teria até sido pior para ambos.
 
 O que me motivou a escrever a minha versão da história foi que depois de muitos anos, eu vi na
lastfm a bio em que o vocalista escreveu que tocava instrumentos e fazia tudo, coisa que ele nunca fez, e ele estava usando o meu projeto para conseguir amigos na internet. Quem tem bom senso sabe que isso não é justo, qualquer ser humano ficaria pirado de não ter seus creditos e te usarem.  Tenho certeza que ele ficaria com raiva de mim se eu tivesse feito o mesmo, fingir cantar os vocais masculino, e sai me promovendo por ai no orkut! E eu nunca use a Chants pra isso, so depois dessa confusão que decidi fazer blog e postar meu deabafo. Olha, se ele não tivesse feito aquela palhaçada se ele tivesse deixado tudo quieto ou somente tivesse escrito que ele fez os vocais e algumas letras na biografia da Lastfm, se ele não tivesse colocado foto só dele de peito pra fora como um perfil de orkut, eu nem teria ligado! Se ele tivesse feito a bio sem maldade, dando os creditos, eu teria até ficado feliz de ver a banda no site, talvez eu teria até entrado em contato com ele pra quem sabe até tocar juntos, pois hoje com a internet e redes sociais qualquer um pode ter uma banda sem nem fazer shows ou ensaiar,ou sequer se encontrar ao vivo. Mas ele quem quis mexer com o que não deveria.
 
Fico mal em ver depois de tantos anos ainda esse tipo de conflito, ver anônimo postando coisas baseadas numa entrevista que hoje em dia é totalmente irrelevante pra situação, se apegar a esse tipo de entrevista é idiotice, como se fosse alguma banda gigante que valesse milhões. Enfim, nem sei se vale a pena eu enviar esse comentário, acho que cada um deveria ser capaz de avaliar quem é quem na situação, eu tenho referências boas, já o Alexandre, não acho que vocês irão encontrar nada que comprove qualquer coisa que ele diga, enquanto ele participou só com esses vocais, eu já estava na minha 5 banda quando fundei a Chants, e a qualquer momento que eu tiver paz e espirito e quiser lançar algo, posso voltar onde parei, tocar música é como andar de bicicleta, muitas bandas retornam. Já não posso dizer o mesmo de Alexandre pois ele nem tocar algum instrumento sabia quando o conheci. E saber tocar também não quer dizer que vai ser legal como era a Chants of Maledicta!  Eu tenho apoio de muitas pessoas da cena gótica de Salvador, Ranniere Miranda, Latromodem, Modus Operandi, Jardim do Silêncio, e podem perguntar para eles quem é real e quem é falso na história. Eu dei minha versão, acreditem na que vocês quiserem, quem for inteligente vai dar valor a música e vai parar de ficar botando mais lenha na fogueira. Música sempre foi minha paixão e ler um comentário desse do tal anônimo, põe meu desejo de voltar totalmente pra o fundo do baú de novo. Não poderei retornar sem apoio de vocês, é só isso que peço. Se for para ficar sendo acusada, melhor matar esse projeto pra sempre e fazer algo totalmente novo, só ai talvez os 'anônimos' me apoiarão e esqueceram de outras pessoas. Abraços para todos os meus fãs (se é que existem ainda *risos* e tudo de bom para todos os blogueiros que divulgaram a Chants of Maledicta.
 
 

Nenhum comentário:

Postar um comentário